domingo, 22 de junho de 2014

Lego.

Como um muro montado de forma audaciosa
Apenas com peças de lego devidamente selecionadas
O sopro continuo e gélido derruba uma por uma.
Caindo e tornando as outras, moribundas.
Pegamos as peças e tentamos por-las ao lugar.
Nada verdadeiramente retorna a encaixar.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A máscara lamentável

  As vezes...
... Como se eu não fosse o suficiente, me abandono.
 Como se não fosse quem deveria ser, sinto-me privado.
 Como se chorasse e sangrasse, eu grito em silêncio.
 Este grito abafado, que define quem realmente sou, morre comigo.
 E então... A máscara que me priva de respirar, assume sorridente e alegremente.
 Até o próximo luar...
 Quando eu puder novamente em silêncio gritar.
 Eu sou a máscara. Eu sou as sombras por de trás da máscara.

Não! Para este mundo de Homens masoquistas.

 Como sempre, em toda minha vida
 Sinto-me desconecto sobre está realidade...
 Sinto-me irreal sobre toda essa futilidade...
 Vejo tanta regra que pra nada serve.
 Escuto inumerosas mentiras e me pergunto:
 "Pra que?"
 Vejo a crueldade.
 Vejo o medo.
 Vejo a corrupção humana.
 Vejo a falsidade natural.
 Vejo a repugnância em vossas faces.
 E me pergunto:
 "Por que?"
  Decidi então, decido então
  Não pertenço a este mundo. Estou aqui por engano ou desventura...
... Talvez.
  Talvez, e somente, lamentavelmente, como um fardo que tenho de levar em minha mente e costas...
  Encontrar uma solução para tanta autodestruição...
  Salvar o animal de si mesmo.
  Salvar o Homem masoquista.

Dia a Dia

  Dia a dia, todo dia...
 ... Hora passa tão veloz quanto se via
  Escapa de minhas mãos feridas e escorrega para o abismo impossível de alcançar.
 Já pensei em me lançar.
  Por que não?
  Mas, não vou.
  Por que iria?
  Me sento.
  Em frente a uma tela brilhante,
  Sem sentir o vento passar.
  Perco-me em um mundo impossível de entrar.
  O Tempo passa de repente...
  ... Sem sentir a gente...
  Ou sem que o sintamos...
  Infelizmente.
  Ainda não é o suficiente...
  Infelizmente...

DOR

 Eu posso sentir toda a dor... Eu posso ver toda a dor.
 Esta dor que rompe músculos. Esta dor que rompe certezas.
 Esta dor que destroça belezas...
 Eu posso ouvir as vozes daqueles que suplicam de dor.
 Já chega. É demais...
 Eu posso ouvir todo o lamento, todos os gritos... Mas, jamais...
 Jamais irei curar tais feridas?
 Jamais serei capaz de mudar toda esta imundice?
 Tanta dor... Quanta tolice...
 Esta realidade..
 Que jamais se cura, jamais se apaga, apenas evolui...
 ...Para ainda mais dor.